O processo de incrustação, também chamado de cobertura mínima é uma tecnologia recente, em ascensão, que chegou para revolucionar o mercado e atender as exigências do produtor rural, empresário do campo. Para produzir as sementes incrustadas é necessário que seja feito o beneficiamento das mesmas, ou seja, a retirada de todas as impurezas (palhas, terras, torrão, pedregulhos, sementes invasoras e pragas de solo).

Após o beneficiamento é realizada a escarificação mecânica das sementes que tem como função a eliminação de pragas aderidas, isso eleva a pureza e reduz a dormência tegumentar, possibilitando a entrada de água. Então, as sementes recebem um material colante com macro e micronutrientes (minerais). Caso o produtor necessite, a semente pode ainda ser tratada com fungicida e inseticida antes da incrustação.

Macronutrientes: Cálcio, magnésio e enxofre.
O enxofre tem como função promover a nutrição proteica e em conjunto com o fósforo e com os elementos não minerais, formam a parte estrutural da planta e também são responsáveis pelo seu crescimento. O cálcio é importante para o crescimento e estruturação da planta e confere resistência da planta à pragas e doenças. O magnésio tem como função principal fazer com que as folhas fiquem ativas para a fotossíntese, formação de clorofilas e influencia em todas as reações químicas internas.

Micronutrientes: Zinco.
O zinco é responsável pelo crescimento e desenvolvimento das raízes da planta, que por sua vez, são responsáveis pela alimentação da parte aérea. A deficiência desse elemento também pode afetar o crescimento de ramos e de folhas, com o aparecimento de folhas miúdas na extremidade dos ramos.

  A incrustação com macro e micronutrientes ajuda no desenvolvimento inicial da planta, principalmente das raízes, tornando-as mais resistentes ao primeiro pastejo e às mudanças climáticas muito bruscas;

  Raízes mais desenvolvidas e ramificadas e menos dias para atingir melhor cobertura da área;

  Alta pureza e vigor;

  Evita a presença de sementes imaturas (meia grana);

  A coloração característica impressa pelo material aderido (cola e nutrientes) facilita a observação da distribuição das sementes no solo;

  O tamanho e peso das sementes são uniformes e facilitam a regulagem das semeadoras e dos tratores;

  A homogeneidade uniformiza a semeadura, pois não ocorre estratificação com material inerte;

  Atingem rendimentos superiores e conseguem largura de trabalho superior se comparadas as sementes convencionais;

  Na semeadura aérea as sementes incrustadas, mais pesadas e maiores, sofrem menos a influência dos ventos;

  Pássaros e formigas tem mais dificuldades em carregar as sementes devido a gramatura maior;

  São livres de plantas daninhas e pragas de solo, altamente contaminantes da área;

  As sementes incrustadas estão mais protegidas das intempéries;

  Reduzem os custos de plantio e as perdas;

  Ótima opção para a integração lavoura-pecuária.

Independente da incrustação com macro e micronutrientes, para um bom plantio, o solo deve ser preparado de acordo com a análise prévia, possibilitando usar menor quantidade de sementes e o melhor aproveitamento das mesmas. Importante lembrar que não somente o preparo do solo é fator determinante para o sucesso do plantio de sementes incrustadas, mas também, a escolha da área (tipo de solo, relevo, água, temperatura), o maquinário utilizado), a mão-de-obra e o auxílio de um técnico capacitado, a qualidade da semente (testada em laboratório credenciado), a escolha da melhor cultivar para a área, a quantidade semeada por hectare, o controle de plantas invasoras e pragas diversas, o cuidado com insetos, a época do plantio e a incidência de luz, a profundidade das sementes, o uso de compactadores, dentre outros fatores imprevistos