A cultivar BRS Quênia é um híbrido de P. maximum de origem africana. Uma planta cespitosa, ereta, de altura média e com folhas longas e glabras (sem pelos). Possui alto perfilhamento de colmos delgados. O capim BRS Quênia supre a demanda por uma cultivar de P. maximum de porte intermediário e de fácil manejo, é recomendado para solos de média e alta fertilidade nos biomas Amazonas e Cerrado. Suas folhas macias e colmos finos oferecem forragem de alta qualidade e proporcionam ótimos ganhos de peso; possui facilidade de manejo, por manter baixo o alongamento dos colmos. Apresenta bom estabelecimento, bem como elevada persistência nos períodos seco e chuvoso do ano; sob temperaturas baixas, mostrou persistência similar à dos Panicuns mais resistentes, com produção de forragem superior. O estabelecimento do capim BRS Quênia é feito com 14 kg/ha de sementes de valor cultural de 35% (500 pontos de v.c./ha). Semear em solo bem preparado, ou em plantio direto, com profundidade de 2 a 5 cm, com produção de matéria seca com mais de 85% de folhas. O primeiro pastejo deve ser realizado entre 50 e 60 dias após a emergência das plantas. Este pastejo possibilita um melhor aproveitamento da forragem, estimula o perfilhamento e facilita o manejo da pastagem. O capim BRS Quênia deve ser utilizado sob pastejo rotacionado com entrada de 70 cm de altura e retirada dos animais com 35 cm de resíduo. Se mostrou um capim com alta qualidade de forragem e alto potencial produtivo, especialmente indicado para sistemas intensivos de produção animal. O capim BRS Quênia tem como principal diferencial uma melhor arquitetura de planta, com touceiras de menor tamanho, maior densidade de folhas verdes e macias, colmos tenros e menores porcentagens de material morto, o que facilita o manejo do pastejo e a manutenção da estrutura do pasto, mais favorável ao elevado consumo de forragem pelo gado.